Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 12 de março de 2013

Do latim: amor

O que é amor?


O significado de 'amor' segundo o dicionário Aurélio:

(ô) sm. 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro, ou a uma coisa. 3. Inclinação ditada por laços de família. 4. Inclinação sexual forte por outra pessoa. 5. Afeição, amizade, simpatia. 6. Objeto do amor (1 a 5).

Obs.: Tomei a liberdade de grifar os significados 1. e 5. acima pois gostaria de comentá-los em sequência. 

Podemos dizer que o amor é algo intrínseco ao ser humano, seja este fraterno, platônico ou mesmo na semântica de afetividade que a palavra traduz. Amor é algo que não é medido, não existem 'punhados de amor', tanto que pra demonstrarmos a intensidade de uma afetividade é difícil expressar o 'quanto' você ama algo ou alguém. Um conceito abstrato que apenas nós seres humanos, como criaturas racionais que somos, podemos compreender e estudar a ação.

O amor fraterno, por exemplo, é existente em inúmeras espécies de animais, causando afetividade de progenitores por suas crias e não é muito diferente em nosso caso. Nós como seres humanos, tratamos esse amor de forma especial, traçando laços afetivos com nossos parentes e unindo tais sentimentos tecemos um novo conceito: o de família.

Família por sua vez, em sua etimologia deriva de três palavras latinas:

famulus = que serve, lugar em função de.

faama = casa.
famulo = do verbo facere, a indicar que faz, que serve.

Tais conceitos unidos, traduzem a ideia base de família, que seria mais ou menos 'aquilo que serve como casa', ou seja, um conjunto de pessoas unidas que formariam o lar. 

Divagando um pouco, me pergunto se o conceito de família hoje em dia segue esta semântica dada... Afinal, hoje em dia, com tantos divórcios, estruturações familiares diferentes, distanciamento de elos afetivos, dentre tantos outros fatores que podem prejudicá-lo, o conceito de família ainda continua de pé?!?

Cresci com um conceito um tanto quanto diferente de família e gostaria de partilhá-lo com todos:

Família é quem se importa, é quando a estruturação e a semântica da palavra 'amor' são levadas ao extremo. Onde os envolvidos se desejam mutuamente o bem e há uma afetividade por parte dos mesmos. Amor fraternal, neste caso, também entraria a semântica de amizade. Não aquela amizade de interesse, de conveniência, mas sim o pleno significado de companheirismo e compaixão. O sentimento de que você sempre pode contar com a pessoa e você se dispõe a ajudá-la em qualquer momento de tristeza, dificuldades e necessidades. Família não é ditada por um sequenciamento genético similar, olhos da mãe, queixo do pai, olhar da prima. Perdão a algum geneticista se estou a falar abobrinhas, mas para mim, família é quem cuida.




segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Revolution

Era cerca de duas horas da manhã, em meio ao descampado um pobre soldado perdido na madrugada, com seus olhos cansados e úlceras cravadas em sua carne de batalhas anteriores se põe a repousar à beira de uma árvore, ouvido brevemente seus pensamentos sussurrarem em meio ao tiroteio coletivo. 

Os "Redhearts", como se intitulavam, haviam perdido inúmeros patrulheiros, muitos nobres de coração e espírito, antigos companheiros de uma batalha épica travada desde os remotos tempos da antiguidade. Lembrava assim de cada um de seus rostos, fitando-os em suas feridas e, cada pedaço arrancado de seu peito parecia o confortar com suas palavras:
"Não se lamente por erros passados ou se preocupe com o futuro, o presente é a maior dádiva de sua vida, viva-o sem se lamentar. Só não faça algo estúpido, sim?!?"
"Se você preza por alguém, agarre-se a ela! Um pássaro que bate muito suas asas pode não voltar, mas dê a ele alguma liberdade, afinal de nada vale um pássaro em suas mãos se você o esmaga tentando protegê-lo."
"Você ainda é jovem soldado, sua amada não estará o esperando com os braços abertos se você não lutar para tê-la. Além disso, ela é um ser humano, e assim como você é sujeita a erros. Se a ama, lute por ela, se não for o suficiente, lute mais, porém saiba quando se dar por vencido."
"A solidão é um mal soldado. Preze por suas amadas, sim, mas nunca se esqueça de seus amigos, pois serão eles que lhes salvarão nos piores momentos, nem se esqueça do verdadeiro amor rapaz, o ágape."
Uma chuva de sal caíra em seu peito após um devaneio de olharem em direção ao céu noturno. As salvas de tiros não lhe escapavam aos ouvidos. Sabia que seria apenas questão de tempo até tudo estar decidido, afinal, após quase duas décadas de resistência aos ideais inimigos os rebeldes sufocariam brevemente toda sua infantaria, somente questão de tempo...
Nas últimas décadas houveram grandes vitórias para o lado dos "Redhearts". Grandes batalhas e momentos de felicidade no avanço e disseminação de seus valores. A lealdade, a ternura, a esperança de que um nobre coração poderia prosperar em meio à indiferença, à crítica de valores e à política do "pegue o que quiser".
Só de pensar que a moral nos corações daqueles jovens poderia se tornar cinzas espalhadas ao vento causava ânsia naquele jovem de 19 anos, com seu fuzil depositado no peito e lágrimas do que passou até então...
- Alto lá! - ouviu ele, do início da vegetação densa, à sua frente. Passos se estendiam pelo descampado e o exército rebelde o havia cercado, como num piscar de olhos.
- Olhe só o que temos aqui, um jovem "Redheart". Não se preocupe meu bom rapaz, pelas suas feridas já sofreu demais, sua morte será rápida - disse o rebelde logo à sua frente, empunhando sua arma e firmando-a em seu peito.
- Eu me rendo, me rendo! - disse o jovem rapaz - Faça o que quiser de mim, aceito teus ideais, cavalheirismo nunca mais! Já sofri demais nesta batalha! Desde os 14 anos estou preso à esta guerra secular, não vejo mais o fim do túnel! Me rendo!! Por favor, poupe minha vida, serei escravo de tua filosofia.
- Você é um emblema de uma filosofia meu garoto. Não podemos deixá-lo em pune. Quais suas últimas palavras?
- Minhas últimas palavras? - Um breve silêncio circundou o descampado, onde apenas os barulhos dos cães das armas ao serem engatilhados formavam quase que uma sinfonia mórbida.
Estas são minhas últimas palavras, e que elas sejam ouvidas ecoando na eternidade. Que os valores de antigamente não se percam. Que minha amada, onde quer que ela esteja, venha procurar por mim. Cansei de ser ricocheteado por suas balas, perfurado por suas baionetas e torturado em suas celas de indiferença. Os valores morais que eu creio são ouro perto da idade do bronze em que estão convivendo. De nada adianta triturarem meus ossos, meu espírito não será quebrantado. A sociedade está corrompida com falsas medidas e manipulações de mentes. Onde está o cavalheirismo nestes tempos de covardia? Onde está o amor nos tempos de ódio? Por Deus, onde está o companheirismo em tempos individualistas como estes?!? Por meu último pedido, lhes rogo para pregar estes valores. Meu coração está a arder em chamas e meu corpo dilacerado por tuas vis mãos. Meu coração ainda crê nesta guerra, porém, infelizmente para mim, esta batalha está terminada. À Deus.

~Não desistam nobres companheiros, a batalha é árdua sim, porém a recompensa lhes será eterna.

domingo, 12 de agosto de 2012

Quão pequenos?


Primeiramente, gostaria de me desculpar pela minha ausência do blog, pois minha vida acadêmica não me permite postar semanalmente, como eu adorava fazer durante as férias! Um pouco se deve também à minha inspiração, pois é sabido que todo artista, quer seja ele grande ou pequeno, lírico ou teatral, músico ou pintor, demanda certos tempo e esforço para a criação de uma obra que lhe agrade. Escrevo meus textos por paixão, não por vão sentimento ou pra ganhar minha vida com isso, mas pela liberdade do pensamento, pela simples e pura expressão de meu ser.

Já havia afirmado Manuel Bandeira:

"Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.


Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.


E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.


- Eu faço versos como quem morre."


Desta vez, a inspiração me ocorreu assim que assisti a um vídeo. Não sei se a harmonia dos versos com a música me tocou ou se uma epifania me ocorreu, porém sinto como se não há muito tempo não tivesse sido abalado desta maneira por algo.

Gosto muito da noite, acredito que o tapete de estrelas que chamamos de céu esconde muito mais do que aparenta e que aqueles pontos brilhantes que cintilam envoltos por um manto negro-aveludado podem nos falar muito mais sobre quem somos, por que estamos aqui e para onde iremos.

A astronomia não é uma ciência, é um fenômeno. O estudo dos astros celestes nada mais é do que a observação da existência, de forma plena, e a melhor constatação acerca de todas as perguntas que a humanidade tem realizado.

Apesar de muitos afirmarem que a ciência não abre espaço para a liberdade do pensamento, pois ela deve ser exata, demonstrando a “verdade” absoluta de todas as coisas, penso que a ciência nada mais é do que a tentativa da humanidade em ser pé-no-chão e de tentar esquecer quão pequena esta é se comparada com tudo que a cerca. A morte é uma das provas de que somos tão pequenos a ponto de não poder escapar desta e por isso a medicina vem se desenvolvendo, para que possamos, cada vez mais, nos dedicarmos ao nosso materialismo. Não criticando a profissão de médico, uma profissão nobríssima, já que esta é responsável pela manutenção de nossa vida e laços que realizamos durante nossa passagem terrena, porém a negação de nossa pífia existência, de quão pequenos realmente somos, cria o que é, talvez, o maior inimigo de nossa mente, o Ego. Este mesmo ego que nos faz sobrepujar pessoas, desmerecer vidas, subestimar decisões e impede que nos lancemos no futuro de braços abertos, aceitando quem realmente somos.

Agora devem estar se perguntando: “Quem nós realmente somos?” e eu lhes respondo com um tímido sorriso em meu rosto: “Eu não sei.” Minha existência não é grande, nem tão suficientemente sábia pra responder esta questão, porém lhes digo que, se vocês se dedicarem a observar o céu, nem que seja por alguns instantes e pensar nesta pergunta, creio que milhões, talvez bilhões de imagens apareçam em suas cabeças, sentimentos aflorem em seus peitos e suas mentes irão se abrilhantar, cada vez mais, com as consequências de seus atos e assim, meus caros amigos, que vocês tirarão lições pra suas vidas.

Olhe pro céu à noite, faça um pedido, tome uma atitude e quem sabe, em um futuro próximo vocês poderão olhar pro passado e sorrir diante de um céu salpicado de pequenos grãos de poeira.



~Este foi o vídeo que me inspirou, espero que também emocione a todos, au revoir!

domingo, 11 de setembro de 2011

Sonho



Espelhos da alma, refletem a felicidade que se encontra em sua mente. Quando se está em paz, tendo sonhos tranquilos, eles servem como uma distração, um televisor de objetivos. Os sonhos também podem ser flashes do nosso passado, de momentos bons passados em lugares, com objetos, com pessoas, ou demonstrando sensações.

Acredito que sonhamos porque nossa alma precisa de uma folga do dia-a-dia, porque ela necessita de uma 'folga' do stress do cotidiano e nós simplesmente caímos no mundo dos sonhos para escapar da realidade vil e cruel de nossos tempos.

Mas às vezes, o sonho nos escapa e nossa mente nos prega peças, atormentando nossos pensamentos com pesadelos. Estes, por sua vez, são reflexos de nossos medos, nossas fobias, ansiedades, remorsos e angústias da vida, escondidas no mais recôndito espaço de nossa vasta rede mental.

É fato que o ser humano utiliza apenas 10% de sua capacidade mental. Os outros noventa estão apenas ativos ao sonhar e só podem ser utilizados com a ajuda de psicólogos e psiquiatras. Assim, de uma forma um tanto quanto reversa ao Ludismo, eu diria, a máquina se rebela contra seu dono, a tal "Revolução das Máquinas" temida nas várias etapas das Revoluções Industriais, onde a criatura se rebela ao criador.

Eu venho tentando entender em minha mente, o objetivo de meus sonhos, sonhos com lugares que passei, sonhos com momentos que tive, sonhos com objetivos que alcancei, sonhos com pessoas das quais tive muitas alegrias e felicidades ao lado. E o mais estranho de tudo isso é que, no sonho, nossas emoções estão em um caldeirão, misturadas, indistintas, e quando abrimos a tampa do mesmo ao abrir nossos olhos terrenos, nós as temos, lado a lado, como um aperto em nosso coração.

Sonhos, são flashes de nossa mente que servem para nos impulsionar e nos atormentar, espelhos de nosso passado e presente que nos dão, cada vez mais, a incerteza do futuro.

Saudações a Dalí!
Paulo G. Castelani 


Acordei com essa música na cabeça:


Bom domingo!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Déjà vu


A sensação de ter passado pelo mesmo antes. Mesmo frio, mesmo lugar, mesmo sentimento no peito.

Wikipediando: "Essa sensação se dá por conta que uma memória ou uma simples lembrança de algo que aconteceu rapidamente, fique armazenada em sua memória de longo prazo, sem passar pela memória imediata, ou seja, você guardou uma lembrança de algo, que você "não presenciou", ao presenciar novamente você tem a estranha sensação de já ter vivenciado aquele fato."

Podem ser bons ou ruins. Absolutamente, hoje foi bom. O que sinto hoje, é ruim. Não tento esquecer o tempo, o tempo é bom, nós temos que aprender com ele. Não me arrependo de nada que fiz, de nenhum de meus amores, guardo com carinho as lembranças e continuo seguindo em frente, sem abaixar a cabeça quando alguém me sobrepõe um olhar. E assim eu deveria me sentir alegre, vivo, certo? Errado. Eu idealizo demais, me lanço em um futuro distante, onde carros flutuam sobre nuvens, deslizando em um balé pelo céu. A realidade, o ato de "botar os pés no chão", entretanto, é tão complexo, tão diferente de como penso que normalmente meus joelhos se esfacelam toda vez em que o Presente me chama.

Eu sou um ser apaixonado, amo o que faço, amo meus versos, amo ideais, amo virtudes, amo minha vida, amo, amo amo am a...
Mas amor nos dias de hoje -aquele dos contos de fadas, de cavaleiros reluzentes, princesas em perigo, finais felizes- é metaforizado em carne. Nunca fui poeta da carne, nunca almejei o ter posse, o agarrar, o abocanhar, deixo isso aos cães! Sempre idealizei o amor, sempre senti o máximo que esse amor poderia me fornecer, mas Deus, como é difícil amar!

Mudar é preciso, conviver é necessário, mas amar, é obrigatório.

Amor ao próximo, amor aos pais, amor à pátria, amor à vida, amor à virtudes, amor.
Mas quando deixamos de amar, deixamos de crer. E às vezes o problema não é deixar de amar, mas deixar de confiar, de acreditar, de viver. Assim, átomos se dividem, continentes viram ilhas, Galáxias se afastam no vasto infinito do Universo.

Amar: verbo transitivo direto!
Perdoem-me os linguistas e gramáticos, correção:
Amar: verbo intransitivo!

Tudo bem que a sociedade hoje banaliza e parece sempre reafirmar o comportamento brutal do homem. Seres do Paleolítico, desprovidos de qualquer sensibilidade, rústicos, lascando pedras à vontade alheia!
Eu não puxo mulheres pelos cabelos, não rasgo carne crua com os dentes, não caço. E assim, como um homem que tem conciência que sabe (homo sapiens sapiens) eu continuo a AMAR.

~Perdão caros símios, mas doze mil anos nos separam.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Agonia


Amar é assim, se entregar. Mesmo quando a gente se sente triste simplesmente amar dá um jeito. A gente se encontra no outro, se preocupa, às vezes até demais, a gente confia, acredita, faz promessas, vive para o outro. E, analogando com uma simples rosa, há uma parte maravilhosa no relacionamento, florescida, fértil, cheirosa, que equivaleria às pétalas e uma parte desafiadora, complicada, na qual creio que é onde se definem os relacionamentos, os espinhos. Se não fossem os espinhos da vida, muitos poetas aposentariam seu chapéu e suas penas e virariam andarilhos. Todo relacionamento passa por isso, uma prova de amor em parte da vida na qual, a meu ver, destrói ou fortalece laços, só depende dos envolvidos. Se o amor é suficiente, ele ultrapassa essas barreiras, aprende com os erros, progride infinitamente num ciclo de barreiras (acho que é por isso que existem as bodas, que se estabelecem cada vez mais fortes, duras) e quando não, ele murcha, se apaga e perece sob o manto de fumaça em que foi aceso. A alma de poeta que vive em meu peito é sofrida, com muitos tropeços, arranhões. Assim, eu escrevo sobre isso, sobre a vida de um coração cortado em pedaços tentando palpitar em um peito apunhalado. Apesar de tudo, o mundo dá voltas, a felicidade se encontra e tenho certeza, que esses dois últimos meses tenho amado cada instante, cada momento, porém como já dizia a lei da quântica: o tempo é relativo. Tudo que é bom passa rápido e assim, foi outubro e novembro, uma flecha! Sentimos o tempo passando, e quando a gente ama realmente, quer que os segundos passem devagar e que um sorriso dure a eternidade. O tempo é patrono das ações e como os segundos não param na prática como num teórico cronômetro divino ele traz dúvidas, incertezas e insegurança, mas ironicamente, tudo causado por este intenso amor. Assim, repito, quero viver o momento, o presente, o agora! Mas por ser humano, um pobre ser fadado a decair no poço de seus pensamentos, eu erro, eu temo. Esse temor me corrói dia após dia. Pois não sei o que será de mim, de minha mãe, de minha avó, de meus amigos, mas principalmente, de nós . Mesmo assim, eu continuo crendo que dias melhores virão e que cada minuto eu quero viver, junto de quem amo.

~2 meses juntos e obrigado por cada sorriso e cada lágrima em meu rosto. (Mariana P. Costa)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Momentum



-Deriva Observacional-

Tempo ao tempo, momento, presente, instante. É bom viver quando se há motivo pra sorrir, algo pra te levantar quando tudo parece te pesar o pescoço. Ja me preocupei com o passado, vivia pensando no futuro, mas esses luxos não me cabem mais... Estou aos poucos me adaptando, minha cabeça fica zonza ainda, mas a cada eu dia que passa eu desperto para a vida, aproveito o minuto, o segundo ao lado de quem e do que gosto. Estou me acostumando, a aproveitar a vibração da corda do violão, a nota que soa livremente no ar, a sensação da brisa, o cheiro no cabelo, os minutos no colo. Bom, aqui está o meu primeiro poema, o impulso para minhas ideias:


Ode aos amantes

Quando sente-se algo que tem no peito
queimando como brasa, fogo
que sempre se sente de novo
quando na vida não há jeito

Observa-se o céu escuro, estrelado
mesmo se sentindo sozinho
que parece te guiar a um caminho
ao lado do teu amado

Faz-se poemas tolos, sem razão
difíceis de se compor do nada
mesmo quando a vida é um vorrão
e se anda sozinho na madrugada

Começa-se a vida novamente
mirando-se sempre ao redor
sempre se permanece contente
estás mais leve, melhor.

Acabo me referindo aos amantes,
sortudos, oh! como são!
pois encontraram seu 'para sempre'
ou será que ainda não?

(CASTELANI, Paulo G. - abril de 2008)

~♥

domingo, 15 de agosto de 2010

Whisper



-Deriva Passional II-

É coração, somos eu e você agora. Calma, calma, a hora de dormir está próxima já. Assim, minha mente domina e você pode inundar em seus próprios 'pensamentos' sem preocupar o corpo como um todo. Você sempre comandou meu corpo, demonstrando meus mais profundos e recônditos sentimentos que se encontram dentro de seus átrios. E ultimamente tenho tido conflitos muitas vezes extenuantes graças à sua vontade de reinar absoluto sobre minha mente. Ao demonstrar algum sentimento sobre você caio em uma metafísica inacreditável e por nunca gostar de filosofia, resisto à tentação de lhe proferir palavras de afeto ou desalento. Assim, neutro, permaneço tomado por um espírito de angústia, temor e medo, enquanto decaio na realidade de que, quando eu consigo gostar de alguém, a mesma escolhe uma ou mais dentre as seguintes:

a) não conviver comigo;
b) não demonstrar esse amor por mim;

c) não gostar de mim;
d) me julgar sem me conhecer;

e) me iludir com mentiras.

(demonstradas em ordem crescente de insatisfação com os respectivos relacionamentos)


Acho que, se é para acontecer, que ambos façam acontecer, pois esperar o destino dar canapés em uma bandeija de prata é uma baita hipocrisia em relação ao amor. E Deus sabe o quanto eu já me doei para fazer algo dar certo. Sinceramente, eu estou cansado. É tão bom receber ligações na madrugada, não dormir falando com aquela pessoa especial, fazer por alguém algo não querendo nada além do amor daquele mesmo, aquele abraço especial, aquele beijo escondido que fica na memória e se espera mais, aquele beijo em que as pernas tremem, o coração dispara e se sente o corpo amolecer de amor. Ah, lembranças! Rodeiam meus pensamentos nessa pré-segunda. Nem todas são boas, mas com certeza dão saudade! Algumas mais profundas e dolorosas, algumas mais recentes e prazerosas. Mas bem, que fique aqui minhas palavras de que o destino cumprirá em minha vida.

~Só não queria esperar tanto. 'Au Revoir!

domingo, 4 de julho de 2010

Happy-ness



-Reflexão Motivacional-


Toda a humanidade procura razões. Razão pra fazer algo, razão pra continuar, razão pra amar, mas principalmente e, em consequência das outras, a razão para viver. Buraco existencial - todos possuímos, alguns o preenchem de comida, outros, tentam o preencher com estudo (é o que preciso fazer de agora em diante, mas não consigo captar) e outros tentam preencher com amor. Os que preenchem apenas com comida, apenas com estudo e apenas com amor acabam, inevitavelmente infelizes. Débeis, compulsivos e vazios em nosso esteriótipo viram, respectivamente: 'obesos, nerds e galinhas'. Well, well, well. Talvez alguem já tenha feito a proeza de conciliar as formas de preenchimento, mas como eu queria pedir dicas a ela! Talvez a felicidade esteja na união delas pela mão de Deus. Talvez por isso me sinto renovado ao entoar hinos e voltar domingo à noite do culto. Ah! A música! Pode ser isto também? Aquilo que libera endorfinas em nosso corpo nos dando a impressão ou talvez a eterna felicidade? De qualquer jeito, não temos motivos para tal, mas sempre nos sentimos vazios, solitários, sésseis, como apenas mais um na multidão. Pode ser isso que impulsionou a 2ª Geração Romantista de nosso território nacional a viver a vida loucamente. Carpe Diem. Novamente cito meu caro Byron, juntamente do pobre Álvares de Azevedo. Me identifico muito em suas palavras parceiros de cripta. No entanto, o ser humano não alcançará a felicidade se ficar apenas no queria, podia ou faria. Se no além-túmulo encontramos a felicidade está, vamos todos descobrir, um dia quem sabe, mas enquanto isso, o acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído.

~Se não estou feliz agora, confio em Ti, pois somente assim, serei feliz. Enquanto isso, viverei.




sexta-feira, 18 de junho de 2010

Conquistas



-Reflexão Cotidiana-


A vida é feita de dissabores. De uma simples sensação na planta dos pés ao formigamento intenso de todo o corpo, as sentimos. Ah, adolescência! Onde tudo nessa vida é amor e estudo. Mais um que outro por sinal. Conciliá-los é dever de muitos e meta de poucos. Aprendi, pelo caminho mais longo, que nesta vida eu só tenho uma escolha momentânea. Porém o outro caminho vive a me tentar, resgatando no mais profundo de meu ser, no canto mais recôngito de minha alma alguma lembrança pra me fazer sofrer internamente no frio da noite. Simplesmente cansei. Não assumirei algo sendo que posso me decepcionar. Meu foco é outro. Assim como o alpinista de uma montanha, tenho de me focar na minha trilha, decidindo os rumos que tomarei e para qual lado da bifurcação devo seguir. Além disso, é como se o cume da montanha fosse meu Nirvana. Meu descanso eterno, o futuro. Não posso desistir, nem voltar atrás, o que me resta apenas é viver no meu rumo. Saber que tudo que você escalou até aqui foi feito com esforço, alegria e muito apoio é gratificante e ainda, saber que o que você tem pela frente é melhor, te dá forças para prosseguir sem exitar. No entanto, como qualquer bom alpinista, você sempre estará descontente. Com seus equipamentos, com sua equipe, ou mesmo achando que o outro rumo seria muito melhor. Amor e estudo, dúvida cruel! Um preenche o outro. O duro é saber preencher ambas as partes. Mas o prazer é imenso em ambas as vitórias. Ah, sabores! E como é triste a decepção por parte dos mesmos. Ah, dissabores! Sigo por aqui. Classificado na UTFPR em Engenharia Ambiental e à espera de mais uma tentativa na UEM. Como já diria o clássico ditado:

~Sorte no Jogo, azar no Amor! ;~

C'est la vie!


Já dizia o poeta. O tempo não para. Desistir jamais!





"Dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo sem um arranhão!'


sábado, 12 de junho de 2010

Valentim




-Deriva Sentimental-

12 de junho. Dia de São Valentim, mártir na persistência do amor, que foi condenado à morte em virtude de sua escolha: o amor. Sentimento nobre. Falam muito em coração, sentimentos, quando na verdade é mais uma estratégia de marketing pós-páscoa de empresas de chocolate. A realidade é que nos dias de hoje, o falado anteriormente é o que menos importa. Assumo, sou romântico nato. Me induzo à doação ao próximo, minha visão de namoro é: duas pessoas que se gostam e desfrutam desse sentimento ao se verem, sempre fazendo o possível para se encontrarem. É, acho que assisti muitos filmes do estilo Romeu/Julieta. Verdadeiramente, acredito que vou estar em minha cadeira de balanço, observando os jovens passarem e nunca entenderei o amor completamente. Sempre descubro algo novo. E normalmente não gosto. Errar é humano, perdoar é divino, já diziam os poetas árcades, mas eu não consigo absorver outra história atrelada aos sentimentos humanos: a Síndrome de Pinóquio. O ser humano simplesmente adora dar uma de mentiroso. Falsa segurança? Falsa estabilidade? Realmente, eu sou sincero de berço, me orgulho de dizer isso pois meus pais me criaram assim. Enfim chego no empasse. Penso que todos pensam como eu. Me engano. Desatino. Perco meu rumo. Quebro a cara. Me entristeço, opa, isso não mais, minhas experiências não deixam mais. Vou direto pra raiva, mas começo a gradativamente aceitar. Acho que a vida vai me levar à aceitação instantânea, espero que não seja tarde demais e eu ter perdido o verdadeiro valor do amor. Realmente, eu tento amar, mas quando não me sobram brechas... É, só me resta caminhar sobre meus próprios passos na areia de uma praia deserta. Não preciso de pilares, bengalas ou pontes.

~Passar bem.




TRUE, TRUE.


terça-feira, 1 de junho de 2010

Flashes



-Deriva Passional-


E como tudo começa, termina. Luzes me cegam. *flash!* *flash!* No mais, me acostumo com isso, me adequo. A vida é sempre assim, não há constância, a Terra gira. Já dizia a propaganda, Keep Walking, grande conselho. Aprendi a amar, mas aos poucos acho a medida certa. Sempre amei de mais e me decepcionei pelas tentativas. Me critiquem, mas sou um romântico. Possivelmente o último Lord Byron existente nessa cidade quente e sufocante forrada por ritmos coordenados que se dizem música. Pff! Quem dera os compositores de hoje fossem como os dias brilhantes de progresso e protesto. Capital, Legião e Barão agora são só substantivos. apenas sombras do que viriam ser os dias negros da música nacional. O que era o rebolado agora é rebolation. Impressionante, como os tempos mudam. Uma canção de amor agora é taxada como emo. Mas a questão não é música não? A questão é sobre a nossa visão do amor, e como tenho azar nesta vida. Viva rápido, intensamente. Ideal romântico sobrepujado, porém subestimado pela sociedade atual. Iria ser tão bom se voltassem os tempos em que as serenatas eram coisas românticas. Em que o braço de violão poderia ser a passagem entre dois corações e o som a união de seus pensamentos, engalfinhando-se no infinito. Quero muito o amor na minha vida, mas logicamente, os passos atrás serão cada vez mais utilizados. Nada pessoal, só uma razão de segurança. Mas bem, adorei o tempo juntos, mas infelizmente só deu pra lembrança. Certeza que vou guardar como recordação. Mas o bom é sempre seguir em frente! Foi o melhor na ocasião. Mas de uma coisa, todos podem ter certeza, melhores lembranças virão!

~E aqui fico eu, derivando, com meu violão ♪




~Feliz Dia dos Namorados adiantado. C'est la vie!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Better



-Reflexão de vida-

O que é viver senão o 'con' viver? Sem as pessoas não seríamos nada, já dizia Augusto Comte, pai positivista e sociólogo nato. Nós aqui, reres existência terrena, não temos nada nessa vida além dos sentimentos, de nossas plenas emoções. Emoções essas seriam em vão se não fôssemos uma raça coletiva, preocupada com o parecer do outro, com as decisões alheias e com o sentimento de partilhar. A plenitude da vida está nesses momentos, portanto. A mesma é repleta de altos e baixos, mas tenham certeza de que um ombro amigo sempre estará ao seu lado, para dar apoio, sustentar na tempestade ou mesmo quando uma simples brisa te derrubaria. Valorize as amizades, pois elas são eternas enquanto duram e, acima de tudo caros seres humanos, valorizem o amor!



Abraço


A felicidade nesta vida

se encontraria no apaixonar,
no recostar em sua querida
e simplismente viver de amar!


E tudo assim, perfeito seria
nossos medos, não relembrar
se não fosse a eterna sangria
dos fantasmas a assombrar

Em mim, eu já vi.
Muito mesmo, sofri.

E assim eu aprendi
a sempre andar um passo atrás

Pra mim é muito duro
dar um passo no escuro

confiando que o futuro

me mostraria ser bem sagaz

E hoje vivo meu presente
com um sorriso em meus dentes.
E eu sei que a minha mente

com você pode descansar!

E que assim o meu viver

em vão não irá ser
e não irei tanto sofrer
se em teus braços eu repousar!

~2 semanas! ♥ -it's always better when we're together!



sábado, 27 de março de 2010

Porquê's



-Deriva Continental-

Aqui fica minha deriva momentânea. Se no começo, tudo era um, por quê?

Por quê? Por que o tempo tende a separar os unidos? Até mesmo uma maçã, ao apodrecer com o tempo, abre rachaduras, expõe feridas e afasta metades? Por que mesmo a mais forte chuva, com a ação do tempo, tende a se dissipar?
O porquê, caros colegas, está diante de vocês. O tempo é o gume da vida. A ação modeladora, a lâmina final.
Porque até mesmo nós, caros humanos, estamos sujeitos a isso.
No fim, seremos terra e ar, seremos vermes e ossos e, sobretudo, Carne e Espírito.
O que era junto, se separa, mas no final, tudo se completa.

~No começo, um só, mas com o tempo, separados.



Música Relax da vez ;D




Kid Abelha - Lágrimas e Chuva

quinta-feira, 4 de março de 2010

Pedido



-Reflexão comportamental-


Dias passam, a Terra gira, a terra se esmigalha, o Tempo passa.
Mas uma coisa permanece apesar de tudo: Os laços eternos de amizade e amor. Já dizia Camões:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Assim, reflito sobre o amor, sentimento nobre, porém capaz de atos impensados pelas mãos imundas do ser humano.


Fruto Proibido

Quem somos nós?
Senão apenas peões
do estranho xadrez da vida?
O mal e o bem, em batalha feroz?

Por um lado temos amor.
Já por outro, a paixão.
O primeiro, enobrecedor.
O segundo, tentação.

Já observei os dois
e ambos vivenciei,
prefiro contar aos poucos
os tombos que já levei.

Já fiz coisas erradas.
Desculpas, já pedi,
mas quando tudo acaba
pressinto um ressentir.

Oh! Fruto proibido, presente em meu viver
Separados pelo próprio sangue, distância e prazer.

Compromisso realmente, pode mesmo não haver.
Mas em minha vida PRESENTE, você eu quero ter.


(CASTELANI, Paulo G. 03 de março de 2010)


~Aqui jaz minhas Desculpas pelos meus atos do passado.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Chave



-Deriva de Pensamento - Capítulo I-

Alma Gêmea. Que alma seria esta? Objeto de contemplação ou ódio? Algo difícil de se descrever, tenho que admitir. Fico aqui lembrando de minha infância, das histórias medievais em que a princesa encontra seu nobre cavaleiro. Será que devo ir atrás para encontrar minha jovem amada, assim como estes destemidos guerreiros? Ou apenas esperar o tempo agir, dando calmaria para meus pensamentos até a hora finda? Bom, uma coisa eu sei: melhor ainda não.

Fechadura

Assim que a solidão se esvai
e quando a noite escura cai
iluminada por astros de beleza pura,
buscamos outra alternativa.
Para nossos erros, procuramos cura.

A cura para aquele vício pertinente
para aquele vazio em nosso viver,
para substituir um finado parente
ou até mesmo um amado ser.

Cair no erro é algo humano.
Fugir é apenas temporário.
Porém a esperança é algo que fica,
um sentimento divino e etéreo
de compromisso, laço eterno.
Mesmo do jeito que se encaminham os tempos modernos.

O que eu faço quando olho para o céu à noite?

Talvez eu espere dias melhores
ou talvez uma notícia boa, quem sabe.
Ou mesmo esteja pensando no que já aconteceu
ou no que está acontecendo, confortando meu entrave
Para o baú de meus sentimentos, procuro a chave.


(17 de agosto de 2009)


~Todos procuram a chave, e não desistirei de procurar a minha.