sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Severo Tavares

Ao nosso querido Mestre,

Mãos suaves, porém firmes são necessárias para construir uma história, construir um ideal e mudar a vida de muitas pessoas à sua volta. Mãos severas, trabalhadas com o tempo e se tornando cada vez mais precisas e minuciosas ao passar dos anos, como as mãos peritas de um artesão, trabalhando incansavelmente ao transformar cada pedra bruta, suja e sem valor em uma relíquia, preciosidade de poucos nesta vida.
Este é o trabalho de um homem, uma pessoa simples, porém habilidosa, e que, com seus anos de experiência faz obras admiráveis aos olhos do ser humano, que instigam a natureza humana a se perguntar de como tamanha beleza fora extraída de rochas imundas e aparentemente sem valor. Simplicidade porém, é a essência do trabalho, pois não existe nada tão bem feito como quando se feito com carinho e amor.
Artesão, uma profissão árdua, porém gratificante. Um artesão, observando sua pedra, na qual ele empregou horas de suor, sangue e lágrimas, sente uma enorme gratidão ao observar sua obra 'pronta', pois sabe que todo o trabalho valeu a pena e que as impurezas e imperfeições que haviam na rocha foram corrigidas e adequadas por suas mãos cansadas.
A vida, em sua plenitude, imita a arte, onde a mão de um mestre corrige os seus pupilos com veracidade. Às vezes pode ser cansativo, mas, diga-se de passagem, é gratificante ver alunos praticando seus ensinamentos dia após dia, saber que você conseguiu lapidá-los dignamente e que todo seu esforço foi compensado!
Assim, deixo em nome do Capítulo Umuarama nº. 133 da Ordem DeMolay nossa singela homenagem ao Tio Antônio Tavares da Silva, mestre em ação e palavra para com seus sobrinhos.

Com carinho,

Paulo Gustavo Castelani