terça-feira, 30 de março de 2010

Destino Cruel



Reflexão Existencial

Maldito destino menino, travesso em ação, palavra e existência. Relações nada podem contra tua mão. Nações tremem perante seu poder. Hitler sentiu. Stalin sentiu. Até mesmo Obama sentirá. Não há como escapar. A partir do momento que o jogo da vida começa, você só sairá do jogo no momento que suas cartas se forem, mas o pior não é isso, o pior é que você não escolhe que jogo de cartas você vai ter. Se comparássemos ao poker, todo mundo teria um Royal Straight Flush. Mas a vida não é assim, e, conforme você aprende as regras do jogo e, contando com a sorte, voce pode se dar bem. Ou não. Até mesmo cartas péssimas podem se dar bem no jogo, mas começar com uma boa mão é o melhor lance. Assim também é na vida. Realmente, eu nasci com sorte, não tenho nada pra me queixar de minha vida, tenho um apartamento, tenho amigos, tenho família. Mas lá de dentro, alguma coisa ainda me diz que eu não tenho tudo que precisava. O maldito buraco de verme feito no peito de cada recém-nascido, talvez pelo cordão umbilical ao ser arrancado. O que me faz lembrar. Ah! Como era bom o ventre. Quente, quieto, escuridão tão linda. Enfim, chega um momento. O momento que o destino escolhe pra você sofrer. Sofrer mais e mais. De novo, nosso amigo destino dá as cartas. Como eu queria esfaqueá-lo em alguns momentos, como eu queria abraçá-lo em outros. Mais a vontade de esfaqueá-lo, mas enfim, nascemos, vivemos, sofremos enquanto vivemos, morremos, vagamos, revivemos o ciclo. Só espero a morte. Derradeira libertação terrena. Não me apresso, não tenho desejo de morrer logo, quero aproveitar o bom, mas que ela chegue e que seje bom. Passar bem.


~Odeio o coração, odeio a vida, isso é motivo pra outra reflexão. Só quero viver e morrer.




Meu Epitáfio

Não sei porque escrevo isto
Nem porque continuo a acreditar
Que um dia serei feliz
Não irei mais esperar

Por um amanhã mais vivo
Por dias mais contentes
Com minha vida mais concreta
E com você sempre presente

Pode ser que não aconteça
Que contigo eu possa estar
Pode ser que eu não mereça
Tal afeto que já senti
Tal sentimento já vivi
Tais amores já caí
Tais palavras proferi
Tais noites não dormi
Só pensando em você

Meu coração adolescente
Contentamento descontente
Com um choro sorridente
Apenas por te ver

Em meu túmulo quero: Nasci, vivi, morri (amado à parte)

(CASTELANI, Paulo G., 5 de abril de 2009)



Minhas palavras, como Paulo Gustavo Castelani. Real amor, vida vazia.

sábado, 27 de março de 2010

Porquê's



-Deriva Continental-

Aqui fica minha deriva momentânea. Se no começo, tudo era um, por quê?

Por quê? Por que o tempo tende a separar os unidos? Até mesmo uma maçã, ao apodrecer com o tempo, abre rachaduras, expõe feridas e afasta metades? Por que mesmo a mais forte chuva, com a ação do tempo, tende a se dissipar?
O porquê, caros colegas, está diante de vocês. O tempo é o gume da vida. A ação modeladora, a lâmina final.
Porque até mesmo nós, caros humanos, estamos sujeitos a isso.
No fim, seremos terra e ar, seremos vermes e ossos e, sobretudo, Carne e Espírito.
O que era junto, se separa, mas no final, tudo se completa.

~No começo, um só, mas com o tempo, separados.



Música Relax da vez ;D




Kid Abelha - Lágrimas e Chuva

quinta-feira, 4 de março de 2010

Pedido



-Reflexão comportamental-


Dias passam, a Terra gira, a terra se esmigalha, o Tempo passa.
Mas uma coisa permanece apesar de tudo: Os laços eternos de amizade e amor. Já dizia Camões:

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Assim, reflito sobre o amor, sentimento nobre, porém capaz de atos impensados pelas mãos imundas do ser humano.


Fruto Proibido

Quem somos nós?
Senão apenas peões
do estranho xadrez da vida?
O mal e o bem, em batalha feroz?

Por um lado temos amor.
Já por outro, a paixão.
O primeiro, enobrecedor.
O segundo, tentação.

Já observei os dois
e ambos vivenciei,
prefiro contar aos poucos
os tombos que já levei.

Já fiz coisas erradas.
Desculpas, já pedi,
mas quando tudo acaba
pressinto um ressentir.

Oh! Fruto proibido, presente em meu viver
Separados pelo próprio sangue, distância e prazer.

Compromisso realmente, pode mesmo não haver.
Mas em minha vida PRESENTE, você eu quero ter.


(CASTELANI, Paulo G. 03 de março de 2010)


~Aqui jaz minhas Desculpas pelos meus atos do passado.