quarta-feira, 6 de julho de 2011

Déjà vu


A sensação de ter passado pelo mesmo antes. Mesmo frio, mesmo lugar, mesmo sentimento no peito.

Wikipediando: "Essa sensação se dá por conta que uma memória ou uma simples lembrança de algo que aconteceu rapidamente, fique armazenada em sua memória de longo prazo, sem passar pela memória imediata, ou seja, você guardou uma lembrança de algo, que você "não presenciou", ao presenciar novamente você tem a estranha sensação de já ter vivenciado aquele fato."

Podem ser bons ou ruins. Absolutamente, hoje foi bom. O que sinto hoje, é ruim. Não tento esquecer o tempo, o tempo é bom, nós temos que aprender com ele. Não me arrependo de nada que fiz, de nenhum de meus amores, guardo com carinho as lembranças e continuo seguindo em frente, sem abaixar a cabeça quando alguém me sobrepõe um olhar. E assim eu deveria me sentir alegre, vivo, certo? Errado. Eu idealizo demais, me lanço em um futuro distante, onde carros flutuam sobre nuvens, deslizando em um balé pelo céu. A realidade, o ato de "botar os pés no chão", entretanto, é tão complexo, tão diferente de como penso que normalmente meus joelhos se esfacelam toda vez em que o Presente me chama.

Eu sou um ser apaixonado, amo o que faço, amo meus versos, amo ideais, amo virtudes, amo minha vida, amo, amo amo am a...
Mas amor nos dias de hoje -aquele dos contos de fadas, de cavaleiros reluzentes, princesas em perigo, finais felizes- é metaforizado em carne. Nunca fui poeta da carne, nunca almejei o ter posse, o agarrar, o abocanhar, deixo isso aos cães! Sempre idealizei o amor, sempre senti o máximo que esse amor poderia me fornecer, mas Deus, como é difícil amar!

Mudar é preciso, conviver é necessário, mas amar, é obrigatório.

Amor ao próximo, amor aos pais, amor à pátria, amor à vida, amor à virtudes, amor.
Mas quando deixamos de amar, deixamos de crer. E às vezes o problema não é deixar de amar, mas deixar de confiar, de acreditar, de viver. Assim, átomos se dividem, continentes viram ilhas, Galáxias se afastam no vasto infinito do Universo.

Amar: verbo transitivo direto!
Perdoem-me os linguistas e gramáticos, correção:
Amar: verbo intransitivo!

Tudo bem que a sociedade hoje banaliza e parece sempre reafirmar o comportamento brutal do homem. Seres do Paleolítico, desprovidos de qualquer sensibilidade, rústicos, lascando pedras à vontade alheia!
Eu não puxo mulheres pelos cabelos, não rasgo carne crua com os dentes, não caço. E assim, como um homem que tem conciência que sabe (homo sapiens sapiens) eu continuo a AMAR.

~Perdão caros símios, mas doze mil anos nos separam.