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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Childhood

Relembrando e assomprando fotos velhas de um álbum há tempos trancado tenho a nítida sensação nostálgica que um senhor de 70 anos deve sentir em seu peito ao olhar seus netos correrem pela sala. Recentemente uma campanha do facebook reativou essa parte de meu córtex cerebral. Foi tão nostálgico conversar com Scooby-Doo, com Dragon Ball, Flintstones, Cavaleiros do Zodíaco, dentre tantos outros desenhos que marcaram minha infância. Ao lembrar dos velhos cartuchos assopráveis, dos tazos holográficos que vinham nos 'chips' de sabores que fediam tanto que botar um aberto no fundo da sala de aula na 'hora do recreio' era a melhor pegadinha existente!

Mas o mais incrível e que me dá mais orgulho de tudo isso, foi uma Campanha de nossa Ordem nas Escolas Municipais da cidade. Compramos bolo, refrigerante, sorvete, fizemos algodão-doce e alugamos algumas camas-elásticas para passar periodos com crianças nas escolas. DeMolays unidos, de 13 até 20 anos trabalhando em prol da conservação da educação, do riso, da felicidade mas acima de tudo, da caridade. Cada gargalhada, sorriso tímido, de canto, valeu o cansaço de exaustivos dois dias de trabalho.

Todo jovem em algum ponto de sua vida tende a se deparar com essa época de sua vida e encará-la, e todo jovem deveria levá-la como uma preciosa jóia guardada a sete chaves em seu peito de mármore, como um tesouro a ser guardado pra sempre em sua recôngita memória. Para que, quando cheguemos ao meio dia de nossas vidas, contemplemos um trabalho bem feito.

Infância

Almanaques, Bicicletas, Chambinhos,
ABC, uma vida a nascer.
Desenhos, Esconde-esconde, Figurinhas,
DEF, uma pessoa a viver.
Gibis, Heróis, Iogurtes,
GHI, um bebê a engatinhar.
Jabuticabas, Karaokês, Letronix,
JKL, uma pessoa a caminhar.
Machucados, Nintendos, Orelhão,
MNO, uma criança a colorir.
Pirocópteros, Quindins, Rolimã,
PQR, uma pessoa a sorrir.
Salgadinhos, Toddynhos, Uniformes,
STU, um adolescente a se opor.
Viagens, Windows, Xampu,
VWX, uma pessoa a compor.
Yakult e Zodíaco.

Ao me deparar com o Y e o Z
de início quase morro de desgosto,
mas quando percebo o abecedário da vida,
um largo sorriso se abre em meu rosto!

:)

(CASTELANI, Paulo G., 12 de outubro de 2011)

E para não perder o costume, uma pequena amostra de minha infância:




~Dedicado ao tempo, o derradeiro destino de tudo que respira ou existe.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ABDL



Bom esse post é mais um comunicado.


Estava concorrendo a um concurso do SCODRFB (Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil) com um poema de minha autoria, denominado "Tolerância". Ontem de madrugada vagando pelo site vi o informe dos primeiros membros da ABDL (Academia Brasileira DeMolay de Letras) e adivinha o nome que constava?!?

http://bit.ly/qF0C8n

Só gostaria de agradecer a todos pelo apoio, pela inspiração que a vida me dá mas acima de tudo, pela oportunidade de poder falar sobre algo que amo: a Ordem DeMolay.
Sem mais delongas, o texto:


Tolerância

Ouçam vocês, lá de longe vêm

Meus medos e pavores da vida:

Versos em branco que nada descrevem

Todos juntos em uma folha não lida.


Digo: Oro pelo ser humano.

Viver é um eterno aprendizado,

É observar de perto o engano,

Conviver cada dia com o enganado.


Ignorância corrói a nação

O mal, sempre está a espreitar

Do fraco ele se apodera

Povo forte, não ferirá.


Espero com minhas palavras

Um ideal, a vós inspirar.

Dia após dia, que ele cresça,

Vencer só se pode, se lutar.


Virtudes de nossa Ordem imponente,

Áureas por seu valor transcendente,

Em um coração ardente,

Mente e corpo a batalhar!


Brasão forjado na nobreza,

Heróico, tamanha é sua destreza,

No esplendor de sua beleza,

Peito reluzente de um DeMolay!


Irmãos, situados no Leste,

Sigamos rumo ao nosso Oeste,

Em meio dessa prova em teste,

Frente aos problemas de continuar...


Com Fé façamos valer!

Nossa lição máxima de viver,

Tolerância teremos de ter,

Presente como nossa lei.


E assim desejo,

Unidos num só ideal,

Eternamente em meu plano,


Superaremos, eu almejo,

Esse problema banal,

Defeito do ser humano!


Unindo as palavras em negrito de cada verso e organizando desta maneira, teremos outro poema, complementando o sentido do primeiro:


Ouçam meus versos todos

Digo: viver é conviver

Ignorância, o mal do povo

Espero um dia vencer.

Virtudes áureas em mente

Brasão heróico no peito

Irmãos, sigamos em frente,

Com nossa Tolerância presente,

E unidos eternamente

Superaremos esse defeito.


(Paulo Gustavo Castelani – Cap. Umuarama nº 133 da Ordem DeMolay / PR)


~A todos, meu "muito obrigado" e boa semana! :D

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Relógio


Um DeMolay literal é aquele que segue sua vida às virtudes consagradas: Amor filial, Reverência pelas coisas sagradas, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo. Será que em nosso dia-a-dia as cumprimos? Será que, por um breve momento que seja, nós não as desmerecemos inconscientemente?

Amor filial, o afável amor entre pais e filhos, parafraseando o Decálogo: “Honrar pai e mãe”, em dias que os pais (antes vistos como sábios) são taxados de ultrapassados... Ter reverência por algo sagrado é, ao mesmo tempo, ter respeito e fé conciliados e, rodeados de fanatismo, incredulidade e extremismo religioso, cada vez se torna mais complicado ponderarmos preceitos... Cortesia é algo em falta, já que vivemos em uma sociedade individualista, onde a única coisa importante é o seu próprio bem estar... Companheirismo então, talvez a virtude mais importante da Ordem DeMolay, é deixada de lado e amizades se esfarelam... Fidelidade, em um mundo de tentações, de falta de compromisso, vidas duplas... Pureza rodeada por valores tortos, idéias distorcidas... E o Patriotismo, onde se observa diariamente corrupção, nepotismo e indigência parlamentar.

Agora nos sobra a pergunta: É fácil ser um DeMolay?

A resposta nos é mais do que clara: NÃO!

Um DeMolay nos dias atuais tem que ser forte, firme em suas decisões, lapidar ideais de liderança, perseverança e atitude. Para isso, devemos sempre estar abertos a sugestões, críticas, trocas de experiência, devemos também manter um vínculo forte entre Irmãos, para que possamos nos focar em tais ideais e aplicá-los em nossa vida, seja em casa, no trabalho, na escola, ou mesmo na rua ao caminhar.

A relação da Ordem com o DeMolay é como o funcionamento de um relógio de pulso analógico. Podemos dar corda nele o quanto quisermos, mas, se uma mínima engrenagem se desprender, o sistema inteiro não irá funcionar. Ser um DeMolay. Uma meta simples, porém tão difícil de ser alcançada. Além das colunas, está cada dia mais árdua a missão de honrar a Ordem em que tantos jovens adentram e em um mundo onde paus e pedras quebram ossos e palavras estraçalham o espírito, temos de ser fortes em nossos ideais, às virtudes consagradas em nosso peito. Pois nós DeMolays somos essas engrenagens e cada um, cada cargo, é importante para os ponteiros da caminhada da vida girarem.

(Paulo Gustavo Castelani)