terça-feira, 28 de agosto de 2012

O Ego

Quão grande somos?
Cada átomo de nossas moléculas, cada elétrons dos nossos átomos, cada quark dos nossos elétrons não representam nem uma fração do complexo chamado “humano”. Não obstante seu tamanho ínfimo, são tão vitais quanto o ar que respiramos. O ar é feito deles; nós somos feitos deles. Bilhares de mols de átomos arranjados de forma específica formaram o universo. Com um pouco de evolução e sorte nós surgimos. Cheios de medo e ódio. Cheios de confiança e carinho. Cheios de sentimentos e instintos. Cheios de vida.

Quão pequeno somos?
Ao ter certeza da nossa grandiosidade, descobrimos que somos a minoria; a exceção. Continuamos descobrindo o mundo minúsculo que nos cerca, ao passo que desvendamos os mistérios do mundo, ou melhor, dos mundos que existem lá fora. O universo parece ser ilimitado, e nos permitimos limitar a nossa própria existência. Perdemos vidas nas guerras, e acabamos com a única e fantástica exceção de que se tem certeza. 


Somos um aglomerado de nadas.



Informativo: Mais um reflexivo e derivante!


Olá caros leitores do Reflexões e Derivas!

Venho comunicá-los através deste post que o blog tem agora mais um membro!
Os que já acompanhavam o blog sabem bem que este é meu espaço pessoal, introspectivo e os que estavam familiarizados com meus posts agora poderão conferir os de meu querido amigo Lucas Barreto!

A proposta do blog continua a mesma, que é a de trazer uma guinada de pensamento no seu dia a dia e fazê-los pensar um pouco sobre sua caminhada terrena!


Desde já, seja bem vindo meu grande amigo! :D


Do jeito palhaço de sempre, apresento a você o Reflexões e Derivas!

~Arrivederci!

domingo, 12 de agosto de 2012

Quão pequenos?


Primeiramente, gostaria de me desculpar pela minha ausência do blog, pois minha vida acadêmica não me permite postar semanalmente, como eu adorava fazer durante as férias! Um pouco se deve também à minha inspiração, pois é sabido que todo artista, quer seja ele grande ou pequeno, lírico ou teatral, músico ou pintor, demanda certos tempo e esforço para a criação de uma obra que lhe agrade. Escrevo meus textos por paixão, não por vão sentimento ou pra ganhar minha vida com isso, mas pela liberdade do pensamento, pela simples e pura expressão de meu ser.

Já havia afirmado Manuel Bandeira:

"Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.


Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.


E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.


- Eu faço versos como quem morre."


Desta vez, a inspiração me ocorreu assim que assisti a um vídeo. Não sei se a harmonia dos versos com a música me tocou ou se uma epifania me ocorreu, porém sinto como se não há muito tempo não tivesse sido abalado desta maneira por algo.

Gosto muito da noite, acredito que o tapete de estrelas que chamamos de céu esconde muito mais do que aparenta e que aqueles pontos brilhantes que cintilam envoltos por um manto negro-aveludado podem nos falar muito mais sobre quem somos, por que estamos aqui e para onde iremos.

A astronomia não é uma ciência, é um fenômeno. O estudo dos astros celestes nada mais é do que a observação da existência, de forma plena, e a melhor constatação acerca de todas as perguntas que a humanidade tem realizado.

Apesar de muitos afirmarem que a ciência não abre espaço para a liberdade do pensamento, pois ela deve ser exata, demonstrando a “verdade” absoluta de todas as coisas, penso que a ciência nada mais é do que a tentativa da humanidade em ser pé-no-chão e de tentar esquecer quão pequena esta é se comparada com tudo que a cerca. A morte é uma das provas de que somos tão pequenos a ponto de não poder escapar desta e por isso a medicina vem se desenvolvendo, para que possamos, cada vez mais, nos dedicarmos ao nosso materialismo. Não criticando a profissão de médico, uma profissão nobríssima, já que esta é responsável pela manutenção de nossa vida e laços que realizamos durante nossa passagem terrena, porém a negação de nossa pífia existência, de quão pequenos realmente somos, cria o que é, talvez, o maior inimigo de nossa mente, o Ego. Este mesmo ego que nos faz sobrepujar pessoas, desmerecer vidas, subestimar decisões e impede que nos lancemos no futuro de braços abertos, aceitando quem realmente somos.

Agora devem estar se perguntando: “Quem nós realmente somos?” e eu lhes respondo com um tímido sorriso em meu rosto: “Eu não sei.” Minha existência não é grande, nem tão suficientemente sábia pra responder esta questão, porém lhes digo que, se vocês se dedicarem a observar o céu, nem que seja por alguns instantes e pensar nesta pergunta, creio que milhões, talvez bilhões de imagens apareçam em suas cabeças, sentimentos aflorem em seus peitos e suas mentes irão se abrilhantar, cada vez mais, com as consequências de seus atos e assim, meus caros amigos, que vocês tirarão lições pra suas vidas.

Olhe pro céu à noite, faça um pedido, tome uma atitude e quem sabe, em um futuro próximo vocês poderão olhar pro passado e sorrir diante de um céu salpicado de pequenos grãos de poeira.



~Este foi o vídeo que me inspirou, espero que também emocione a todos, au revoir!