domingo, 11 de setembro de 2011

Sonho



Espelhos da alma, refletem a felicidade que se encontra em sua mente. Quando se está em paz, tendo sonhos tranquilos, eles servem como uma distração, um televisor de objetivos. Os sonhos também podem ser flashes do nosso passado, de momentos bons passados em lugares, com objetos, com pessoas, ou demonstrando sensações.

Acredito que sonhamos porque nossa alma precisa de uma folga do dia-a-dia, porque ela necessita de uma 'folga' do stress do cotidiano e nós simplesmente caímos no mundo dos sonhos para escapar da realidade vil e cruel de nossos tempos.

Mas às vezes, o sonho nos escapa e nossa mente nos prega peças, atormentando nossos pensamentos com pesadelos. Estes, por sua vez, são reflexos de nossos medos, nossas fobias, ansiedades, remorsos e angústias da vida, escondidas no mais recôndito espaço de nossa vasta rede mental.

É fato que o ser humano utiliza apenas 10% de sua capacidade mental. Os outros noventa estão apenas ativos ao sonhar e só podem ser utilizados com a ajuda de psicólogos e psiquiatras. Assim, de uma forma um tanto quanto reversa ao Ludismo, eu diria, a máquina se rebela contra seu dono, a tal "Revolução das Máquinas" temida nas várias etapas das Revoluções Industriais, onde a criatura se rebela ao criador.

Eu venho tentando entender em minha mente, o objetivo de meus sonhos, sonhos com lugares que passei, sonhos com momentos que tive, sonhos com objetivos que alcancei, sonhos com pessoas das quais tive muitas alegrias e felicidades ao lado. E o mais estranho de tudo isso é que, no sonho, nossas emoções estão em um caldeirão, misturadas, indistintas, e quando abrimos a tampa do mesmo ao abrir nossos olhos terrenos, nós as temos, lado a lado, como um aperto em nosso coração.

Sonhos, são flashes de nossa mente que servem para nos impulsionar e nos atormentar, espelhos de nosso passado e presente que nos dão, cada vez mais, a incerteza do futuro.

Saudações a Dalí!
Paulo G. Castelani 


Acordei com essa música na cabeça:


Bom domingo!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

ABDL



Bom esse post é mais um comunicado.


Estava concorrendo a um concurso do SCODRFB (Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil) com um poema de minha autoria, denominado "Tolerância". Ontem de madrugada vagando pelo site vi o informe dos primeiros membros da ABDL (Academia Brasileira DeMolay de Letras) e adivinha o nome que constava?!?

http://bit.ly/qF0C8n

Só gostaria de agradecer a todos pelo apoio, pela inspiração que a vida me dá mas acima de tudo, pela oportunidade de poder falar sobre algo que amo: a Ordem DeMolay.
Sem mais delongas, o texto:


Tolerância

Ouçam vocês, lá de longe vêm

Meus medos e pavores da vida:

Versos em branco que nada descrevem

Todos juntos em uma folha não lida.


Digo: Oro pelo ser humano.

Viver é um eterno aprendizado,

É observar de perto o engano,

Conviver cada dia com o enganado.


Ignorância corrói a nação

O mal, sempre está a espreitar

Do fraco ele se apodera

Povo forte, não ferirá.


Espero com minhas palavras

Um ideal, a vós inspirar.

Dia após dia, que ele cresça,

Vencer só se pode, se lutar.


Virtudes de nossa Ordem imponente,

Áureas por seu valor transcendente,

Em um coração ardente,

Mente e corpo a batalhar!


Brasão forjado na nobreza,

Heróico, tamanha é sua destreza,

No esplendor de sua beleza,

Peito reluzente de um DeMolay!


Irmãos, situados no Leste,

Sigamos rumo ao nosso Oeste,

Em meio dessa prova em teste,

Frente aos problemas de continuar...


Com Fé façamos valer!

Nossa lição máxima de viver,

Tolerância teremos de ter,

Presente como nossa lei.


E assim desejo,

Unidos num só ideal,

Eternamente em meu plano,


Superaremos, eu almejo,

Esse problema banal,

Defeito do ser humano!


Unindo as palavras em negrito de cada verso e organizando desta maneira, teremos outro poema, complementando o sentido do primeiro:


Ouçam meus versos todos

Digo: viver é conviver

Ignorância, o mal do povo

Espero um dia vencer.

Virtudes áureas em mente

Brasão heróico no peito

Irmãos, sigamos em frente,

Com nossa Tolerância presente,

E unidos eternamente

Superaremos esse defeito.


(Paulo Gustavo Castelani – Cap. Umuarama nº 133 da Ordem DeMolay / PR)


~A todos, meu "muito obrigado" e boa semana! :D

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Déjà vu


A sensação de ter passado pelo mesmo antes. Mesmo frio, mesmo lugar, mesmo sentimento no peito.

Wikipediando: "Essa sensação se dá por conta que uma memória ou uma simples lembrança de algo que aconteceu rapidamente, fique armazenada em sua memória de longo prazo, sem passar pela memória imediata, ou seja, você guardou uma lembrança de algo, que você "não presenciou", ao presenciar novamente você tem a estranha sensação de já ter vivenciado aquele fato."

Podem ser bons ou ruins. Absolutamente, hoje foi bom. O que sinto hoje, é ruim. Não tento esquecer o tempo, o tempo é bom, nós temos que aprender com ele. Não me arrependo de nada que fiz, de nenhum de meus amores, guardo com carinho as lembranças e continuo seguindo em frente, sem abaixar a cabeça quando alguém me sobrepõe um olhar. E assim eu deveria me sentir alegre, vivo, certo? Errado. Eu idealizo demais, me lanço em um futuro distante, onde carros flutuam sobre nuvens, deslizando em um balé pelo céu. A realidade, o ato de "botar os pés no chão", entretanto, é tão complexo, tão diferente de como penso que normalmente meus joelhos se esfacelam toda vez em que o Presente me chama.

Eu sou um ser apaixonado, amo o que faço, amo meus versos, amo ideais, amo virtudes, amo minha vida, amo, amo amo am a...
Mas amor nos dias de hoje -aquele dos contos de fadas, de cavaleiros reluzentes, princesas em perigo, finais felizes- é metaforizado em carne. Nunca fui poeta da carne, nunca almejei o ter posse, o agarrar, o abocanhar, deixo isso aos cães! Sempre idealizei o amor, sempre senti o máximo que esse amor poderia me fornecer, mas Deus, como é difícil amar!

Mudar é preciso, conviver é necessário, mas amar, é obrigatório.

Amor ao próximo, amor aos pais, amor à pátria, amor à vida, amor à virtudes, amor.
Mas quando deixamos de amar, deixamos de crer. E às vezes o problema não é deixar de amar, mas deixar de confiar, de acreditar, de viver. Assim, átomos se dividem, continentes viram ilhas, Galáxias se afastam no vasto infinito do Universo.

Amar: verbo transitivo direto!
Perdoem-me os linguistas e gramáticos, correção:
Amar: verbo intransitivo!

Tudo bem que a sociedade hoje banaliza e parece sempre reafirmar o comportamento brutal do homem. Seres do Paleolítico, desprovidos de qualquer sensibilidade, rústicos, lascando pedras à vontade alheia!
Eu não puxo mulheres pelos cabelos, não rasgo carne crua com os dentes, não caço. E assim, como um homem que tem conciência que sabe (homo sapiens sapiens) eu continuo a AMAR.

~Perdão caros símios, mas doze mil anos nos separam.


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nostalgia

-Deriva Nostálgica-

Ah, os tempos de criança! Pular, correr, morder, puxar, brincar, brincar, brincar!
Como era bom fazer do Sol minha touca de lã, dos dias o meu recreio, da escola meu playground, da vida o meu carrossel! Alguns me falam: "Nostalgia aos 18? Tá crescendo cabelo branco? Já tá com dores nas costas?", de primeira instância rio da situação, mas sim, "Está" e "Estou". Tive essa sensação repentina ao pisar no meu colégio, ao olhar fotos antigas da minha turma, mas a maior sensação que eu já tive foi hoje, ao ver cerca de 6 a 7 moleques espirrando água da piscina pra tentar retirar uma bola lá do meio. Daí me lembro dos tombos de bicicleta, das partidas de futebol que eu passava no gol, em tantos sabores de sorvete que eu experimentei, em tantas paixonites que eu tive quando pequeno, em tantas risadas, cheetos abertos no fundo da sala, lápis apontados até o "toco" e borrachas minúsculas com a intenção de acabá-las. Garrafinhas de sodinha, balas de iogurte ou coca-cola, salgadinhos da cantina, comendo no pátio repleto de mangas caídas e flores ao chão nos dias de outono. De voltar pra casa aos prantos por ter caído e ralado os dois cotovelos! De chamar os amigos pra dar pulos recém-inventados na piscina, ser picado por marimbondos, brincar de lego com os amigos, montando casas, carros, turbinas de avião, espacionaves (provável razão pra eu adorar a arte da Engenharia), de tomar limonada em dias quentes de verão e de chamar os amigos para posar em casa só pra poder dormir tarde com a desculpa de estar jogando videogame! Mas principalmente de ter acordado com vontade de ir pra escola, de passear pela vizinhança só pra passar por esses e tantos outros momentos e aos poucos, descubro minha vida, redescubro meus pensamentos, e mais do que nunca: sou feliz!

Nostalgia

Bola na água: olhinhos atentos
Com três bonés retiram a redonda
Partida retorna, infância no vento.

~Dedicatória aos meus tempos de "moleque".

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Relógio


Um DeMolay literal é aquele que segue sua vida às virtudes consagradas: Amor filial, Reverência pelas coisas sagradas, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo. Será que em nosso dia-a-dia as cumprimos? Será que, por um breve momento que seja, nós não as desmerecemos inconscientemente?

Amor filial, o afável amor entre pais e filhos, parafraseando o Decálogo: “Honrar pai e mãe”, em dias que os pais (antes vistos como sábios) são taxados de ultrapassados... Ter reverência por algo sagrado é, ao mesmo tempo, ter respeito e fé conciliados e, rodeados de fanatismo, incredulidade e extremismo religioso, cada vez se torna mais complicado ponderarmos preceitos... Cortesia é algo em falta, já que vivemos em uma sociedade individualista, onde a única coisa importante é o seu próprio bem estar... Companheirismo então, talvez a virtude mais importante da Ordem DeMolay, é deixada de lado e amizades se esfarelam... Fidelidade, em um mundo de tentações, de falta de compromisso, vidas duplas... Pureza rodeada por valores tortos, idéias distorcidas... E o Patriotismo, onde se observa diariamente corrupção, nepotismo e indigência parlamentar.

Agora nos sobra a pergunta: É fácil ser um DeMolay?

A resposta nos é mais do que clara: NÃO!

Um DeMolay nos dias atuais tem que ser forte, firme em suas decisões, lapidar ideais de liderança, perseverança e atitude. Para isso, devemos sempre estar abertos a sugestões, críticas, trocas de experiência, devemos também manter um vínculo forte entre Irmãos, para que possamos nos focar em tais ideais e aplicá-los em nossa vida, seja em casa, no trabalho, na escola, ou mesmo na rua ao caminhar.

A relação da Ordem com o DeMolay é como o funcionamento de um relógio de pulso analógico. Podemos dar corda nele o quanto quisermos, mas, se uma mínima engrenagem se desprender, o sistema inteiro não irá funcionar. Ser um DeMolay. Uma meta simples, porém tão difícil de ser alcançada. Além das colunas, está cada dia mais árdua a missão de honrar a Ordem em que tantos jovens adentram e em um mundo onde paus e pedras quebram ossos e palavras estraçalham o espírito, temos de ser fortes em nossos ideais, às virtudes consagradas em nosso peito. Pois nós DeMolays somos essas engrenagens e cada um, cada cargo, é importante para os ponteiros da caminhada da vida girarem.

(Paulo Gustavo Castelani)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Força

Me sentindo um lixo.

Não sei, um sentimento que corrói, de impotência, de desespero, incerteza, me sentindo um imprestável, sabe, um aposto da sociedade. Não sei se posso cumprir o que confiam a mim, afinal eu não passo de um moleque que completará 18, que por sinal, tenderá a ser o aniversário mais triste que já tive. Amigos indo embora, e eu aqui, cumprindo meu papel como "tiozão de cursinho" em mais um ano em que, cada progresso que eu tivesse seria um passo em rumo à solução dos meus problemas, mas não, continuo aqui preso na 'História', em 'Artes', 'Sociologia', 'Filosofia' e todas as "-ias" da vida escolar. Não que eu não goste dessas matérias, mas acontece que todos à minha volta estão no 'Cálculo', 'Ciência e Engenharia dos Materiais' e 'Geometria Analítica'. Vêem a diferença?
Eu poderia muito bem estar aprendendo, me tornando um profissional, ajudando com as despesas da família, pagando um seguro de saúde decente, pagando um médico capacitado, comprando um carro melhor, mas que não engasgue a cada esquina. Tô cansado, de tudo isso que passo.
Mas o que me impulsiona de verdade é saber que existem pessoas que me querem fazer o bem, que me apoiam, se importam comigo, me ajudam a levantar do foço e a ver o quão abençoado eu sou, porque eu poderia estar bebendo água de torneiras de casas alheias, comendo por bondade de donos de restaurantes os restos do serviço deles ou mesmo estendendo uma toalha no chão com um pedaço de espuma e chamando de "lar".
Obrigado Deus, por tudo que tem feito na minha vida e eu sei que nada acontece por acaso. Só tem me dado bençãos em cada um de meus passos, mesmo que às vezes esses passos mais se pareçam com tropeços, mas ninguém tropeça para trás quando se caminha para frente.
Eu sei que não tenho sido o melhor dos filhos, pois machuquei pessoas amadas, feri gente inocente e bombardeei palavras pífias. Mas eu me arrependo amargamente do todo. Acredito que Dias Melhores virão e que, cedo ou tarde as alegrias retornarão.


Certa vez ouvi um provérbio em que um imperador chinês poderosíssimo estava a caminhar em seu reino e ao ver sua imensidão extendida aos horizontes decidiu pedir ajuda a um sábio para ser um governante mais justo, melhor. Assim, um sábio chega ao palácio e apresenta um livro, de capa opaca, muito fino, quase sem páginas e disse ao imperador: "Em tempos de crise, lerás a primeira página e, em tempos de prosperidade, a segunda." -sumindo na vastidão do império.
Assim, estranhando, o imperador pegou o livro e guardou-o.
Pouco mais de alguns meses, o imperador estava sofrendo pressões da população pois os rios secaram, seu gado morreu e a peste assolava a cidade, assim decidiu seguir o conselho do sábio e lá dizia: "Em tempos de crise, tenha calma, isso vai passar!". Assim um sorriso brotou em seu rosto e não deu outra. Seu reino prosperava como nunca em pouco tempo. Seu primogênito iria se casar com a filha de um imperador próximo e logo seu reino iria se expandir, a população se fartava com o trigo das lavouras e seus cofres explodiam de ouro. Assim, mais uma vez, recorreu ao conselho do sábio que dizia na outra página: "Em tempos de prosperidade, calma, isso vai passar!".

E assim devemos agir mediante à vida.

~Não vou perder minha fé, não agora. Eu sei que em Deus tudo é possível e ele tem o que é meu e reservado. Pode não ser neste momento, mas eu sei que ele providenciará.



Sigo por Ti ♥

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

VDM

Me canso de mim às vezes. Como consigo deixar tudo pior, até mesmo para os outros. Estorvo, me sinto assim, não gosto. Não quero mais ser, mas o que posso fazer? Sou. Dias como hoje me fazem perceber isso. Tenho muitos planos na vida, mas parece que ou penso alto demais ou não faço o suficiente pra alcançá-los. Não gosto da minha situação, queria que às vezes eu tivesse controle sobre o Tempo, sobre o Futuro, mas não tenho. Sou humano, erro, mas estou cansado disso! Basta. Escrevi isso em 10 minutos, até.

vivo, Morro.

Não preciso rimar, rimas embelezam. Minha Vida não é bonita.
Vida em cacos, planos furados
Futuro em vão?
Não. Não quero, não gosto.
NÃO PODE! NÃO PODE!

Avestruzes enterram suas cabeças?Mito ou não, deve ser bom fazê-lo.
Não ver as dores do mundo, as decepções da vida
Não sentir o amargor de uma prova,
cunhada pelas garras sulfurosas de demônios,
e após sentí-las em teu ventre rasgando peito adentro.
Não ganhar dinheiro, pois assim não se gasta,
não se paga, não se deve, não se perde, não falta.
Não se sentir vazio, pois fechando olhos, ouvidos e boca
você não vê injustiças, ouve desgraças
nem as fala para os outros, piorando o dia deles.
"Fim da humanidade, Paz na Terra!", já entrelinhava Machado.
Fundo de verdade, ele tem.
Estragando a vida dos outros não fazemos o bem.
Erramos muito, pedimos "desculpa" demais.
Uma palavra desfaz ações? Não. Limpa a "culpa".
Gosto de me julgar pelos meus atos.
Sentença de morte! LENTA e DOLOROSA!
Então vou continuar minha Vida.

(CASTELANI, Paulo G. - 10 de janeiro de 2011)