Quão grande somos? Cada átomo de nossas moléculas, cada elétrons dos nossos
átomos, cada quark dos nossos elétrons não representam nem uma fração do
complexo chamado “humano”. Não obstante seu tamanho ínfimo, são tão vitais
quanto o ar que respiramos. O ar é feito deles; nós somos feitos deles.
Bilhares de mols de átomos arranjados de forma específica formaram o universo.
Com um pouco de evolução e sorte nós surgimos. Cheios de medo e ódio. Cheios de
confiança e carinho. Cheios de sentimentos e instintos. Cheios de vida.
Quão pequeno somos?
Ao ter certeza da nossa grandiosidade, descobrimos
que somos a minoria; a exceção. Continuamos descobrindo o mundo minúsculo que
nos cerca, ao passo que desvendamos os mistérios do mundo, ou melhor, dos mundos
que existem lá fora. O universo parece ser ilimitado, e nos permitimos limitar a
nossa própria existência. Perdemos vidas nas guerras, e acabamos com a única e
fantástica exceção de que se tem certeza.
Venho comunicá-los através deste post que o blog tem agora mais um membro!
Os que já acompanhavam o blog sabem bem que este é meu espaço pessoal, introspectivo e os que estavam familiarizados com meus posts agora poderão conferir os de meu querido amigo Lucas Barreto!
A proposta do blog continua a mesma, que é a de trazer uma guinada de pensamento no seu dia a dia e fazê-los pensar um pouco sobre sua caminhada terrena!
Desde já, seja bem vindo meu grande amigo! :D
Do jeito palhaço de sempre, apresento a você o Reflexões e Derivas!
Primeiramente, gostaria de me desculpar pela minha ausência
do blog, pois minha vida acadêmica não me permite postar semanalmente, como eu
adorava fazer durante as férias! Um pouco se deve também à minha inspiração,
pois é sabido que todo artista, quer seja ele grande ou pequeno, lírico ou
teatral, músico ou pintor, demanda certos tempo e esforço para a criação de uma
obra que lhe agrade. Escrevo meus textos por paixão, não por vão sentimento ou
pra ganhar minha vida com isso, mas pela liberdade do pensamento, pela simples
e pura expressão de meu ser.
Já havia afirmado Manuel Bandeira:
"Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre."
Desta vez, a inspiração me ocorreu assim que assisti a um
vídeo. Não sei se a harmonia dos versos com a música me tocou ou se uma
epifania me ocorreu, porém sinto como se não há muito tempo não tivesse sido
abalado desta maneira por algo.
Gosto muito da noite, acredito que o tapete de estrelas que
chamamos de céu esconde muito mais do que aparenta e que aqueles pontos brilhantes
que cintilam envoltos por um manto negro-aveludado podem nos falar muito mais
sobre quem somos, por que estamos aqui e para onde iremos.
A astronomia não é uma ciência, é um fenômeno. O estudo dos
astros celestes nada mais é do que a observação da existência, de forma plena,
e a melhor constatação acerca de todas as perguntas que a humanidade tem
realizado.
Apesar de muitos afirmarem que a ciência não abre espaço
para a liberdade do pensamento, pois ela deve ser exata, demonstrando a “verdade”
absoluta de todas as coisas, penso que a ciência nada mais é do que a tentativa
da humanidade em ser pé-no-chão e de tentar esquecer quão pequena esta é se
comparada com tudo que a cerca. A morte é uma das provas de que somos tão
pequenos a ponto de não poder escapar desta e por isso a medicina vem se
desenvolvendo, para que possamos, cada vez mais, nos dedicarmos ao nosso
materialismo. Não criticando a profissão de médico, uma profissão nobríssima,
já que esta é responsável pela manutenção de nossa vida e laços que realizamos
durante nossa passagem terrena, porém a negação de nossa pífia existência, de
quão pequenos realmente somos, cria o que é, talvez, o maior inimigo de nossa
mente, o Ego. Este mesmo ego que nos faz sobrepujar pessoas, desmerecer vidas,
subestimar decisões e impede que nos lancemos no futuro de braços abertos,
aceitando quem realmente somos.
Agora devem estar se perguntando: “Quem nós realmente somos?”
e eu lhes respondo com um tímido sorriso em meu rosto: “Eu não sei.” Minha
existência não é grande, nem tão suficientemente sábia pra responder esta
questão, porém lhes digo que, se vocês se dedicarem a observar o céu, nem que
seja por alguns instantes e pensar nesta pergunta, creio que milhões, talvez
bilhões de imagens apareçam em suas cabeças, sentimentos aflorem em seus peitos
e suas mentes irão se abrilhantar, cada vez mais, com as consequências de seus
atos e assim, meus caros amigos, que vocês tirarão lições pra suas vidas.
Olhe pro céu à noite, faça um pedido, tome uma atitude e
quem sabe, em um futuro próximo vocês poderão olhar pro passado e sorrir diante
de um céu salpicado de pequenos grãos de poeira.
~Este foi o vídeo que me inspirou, espero que também emocione a todos, au revoir!