Forma-se bem
no canto das janelas da alma. É tímida inicialmente. Tímida sem exageros,
pois o peso que lhes foi designado é bem maior que o tamanho físico. Singela,
escorre numa corrida angustiante para chegar ao fim, fugindo de quem a criou.
Ávida, molha
tudo o que vê pela frente, limpando a alma e renovando o sentido pelo qual foi
feita. Quando chega ao desfecho da sua jornada, leva consigo as dores e as aflições
do espírito. Alivia, relaxa, renova.
Logo que escapa,
libera tantas outras expressões de forma única e inexplicável; sejam elas de
alegria ou de tristeza. É o gatilho do sentimento em sua forma mais extrema. É
a liberdade da emoção.
Dá-nos certezas, lições e aprendizagens que jamais teremos novamente. Sente-se o abatimento saindo corpo. Dá-nos a certeza de que ainda somos humanos.
Uma simples
gota de água com um pouco de sal é mais pesada que o próprio criador.